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             Colhendo 
              Sonhos 
             
             
               
            
             
            Estamos velejando pelo Oceano 
            Índico, um fim de tarde pautado pelo 
              dourado do astro rei em seu ocaso, a leve brisa acariciando nossas 
              faces, e o nosso irmão o mar nos ofertando em sua calma momentos 
              de reflexão. 
            
            Este Oceano que há 
              mais de 500 anos recebeu outros sonhadores, homens que colhendo 
              seus sonhos possibilitaram a realização de milhares 
              de outros sonhos durante mais de cinco séculos, os grandes 
              navegadores que sonharam o nosso planeta ser redondo. 
            
            Hoje estamos aqui em modernas 
              “caravelas”, equipadas com o que há de mais moderno 
              em termos de navegação, realizando um outro sonho 
              que teve seu inicio há muitos anos atrás, quando um menino 
              admirava veleiros na enseada da Urca no Rio de Janeiro. 
            
            Quantos anos se passaram, 
              plantando esperanças e colhendo sonhos, ser arquiteto, um 
              eterno sonhador do belo e da arte, um ser teimoso em fazer prevalecer 
              sempre o mais simples e o mais suave a visão. 
            
            O GUARDIAN, nosso protetor, 
              irmão, instrumento realizador do sonho, navega na suaves 
              e calmas ondulações que se fazem a sua passagem nos 
              elevando a um patamar de recordações. 
            
            As primeiras leituras, os 
              primeiros passos, revendo conceitos e quebrando paradigmas, impostos 
              por uma sociedade incapaz de perceber ao longe tais idéias, 
              criada na impaciência do imediatismo e desenvolvida na improbidade 
              de seus meios. 
            
            Com o sonho colhido de arquiteto, 
              alavancarmos os demais e atingíamos uma nuvem mais elevada 
              onde suave pousava o sonho de velejar pelo mundo, de navegar pelos 
              oceanos, de conhecer novas culturas hábitos e tradições. 
               
            
            Resistência enfrentadas, 
              mas determinação constante para a realização 
              deste projeto. Perseverávamos, tínhamos sempre bem 
              definida nossa meta, o nosso objetivo, nada poderia criar uma fagulha 
              de distração. 
            
            Anos tratando deste sonho, 
              sempre mantendo a chama da esperança acesa, que hoje nos 
              dá uma bela labareda de satisfação por estarmos 
              participando da maior colheita de toda nossa existência. 
            
            Velejamos por todo o Oceano 
              Pacífico, tão pouco conhecido de nossa gente, as incríveis 
              e maravilhosas Ilhas do Sul, sua gente de pela dourada e vestida 
              de flores, a inesquecível polinésia, as ilhas encantadas 
              da Melanésia. 
            
            Hoje o oriente, com seus 
              mistérios, filosofias e crenças tão distantes 
              para nos ocidentais. Amanhã o Velho Mundo, o primeiro degrau da 
              grande escada de uma nova era onde as nações já 
              perceberam que conflitos são bolhas de sabão e partem 
              para a unificação. 
            
            E, depois o retorno 
            à nossa 
              terra, a nossa gente, quantos anos se completarão para colhermos 
              o nosso sonho, de uma forma total e levar aos nossos irmãos 
              brasileiros a mensagem de uma nova forma de vida, onde não 
              há espaços para as mediocridades impostas pela urbis 
              ou por um sistema decrepto, falido, onde se vive sobre a égide 
              do medo e prisioneiros do terror dentro de sua própria morada. 
            
            O realizar e colher um sonho 
              na sua plenitude, onde os momentos de alegrias, o desaguar das satisfações, 
              são a constante. Onde nosso ser encontra outra perspectiva 
              de vivenciar dias de calma, reflexões, encantos e a paz tão 
              necessária para atendermos os chamamentos maiores da natureza 
              e daquele que a criou. 
            
            Um sonho sonhado, um sonho 
              encontrado, um momento dourado, uma colheita só nossa. 
            
            Um dia de calma, de vento 
              ameno, mar sossegado, a calma e’ seu recado. 
            
            Um colheita divina, plantada 
              com sacrifício, mas com a certeza maior de ter sempre acreditado 
              e colhido nosso sonho. 
            
            Os cabelos mais brancos determinam 
              os tempos que se passaram e o mais importante; 
            
            
            Viver com paixão o sonho alcançado!!!!!!!! 
              João Sombra 
              
             
             
            
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