Ilha de Niue

Niue é uma pequena ilha, um país independente (talvez, o menor do mundo) tutelado administrativamente pela Nova Zelândia, similar ao caso das Ilhas Cook. O povo é gentil e simpático, mas nada comparável aos maoris. Com um custa de vida baixo, esta ilha tem se tornado uma atração turística muito procurada pelos neozelandeses e japoneses. Impressionou-nos muito o padrão dos hotéis, lançados sobre os rochedos, com diversos níveis, descendo os penhascos até quase o nível do mar.

Uma ilha alta, com grandes cavernas e maravilhosos visuais submarinos, belas florestas e muitos caranguejos de coqueiro. Mas aqui é proibido apanhá-los. O que nos chamou a atenção em Niue foi o mergulho. Aí, a caça submarina é proibida e não entendemos o porquê. O fato curioso é que se trata do paraíso das serpentes marinhas. Elas são venenosíssimas. Quando inoculado no ser humano, seu veneno mata em dois ou três minutos. Mas aprendemos que se pode brincar com elas sem nada acontecer. Basta colocar uma touca de mergulho para cobrir as orelhas, luvas comuns de neoprene nas mãos e nos pés, as nadadeiras. Está resolvido o problema, se bem que os locais não usam nada disto e nunca houve nenhum acidente. Os dentes que inoculam o veneno são os últimos, o que força a serpente a ter que abrir muito a boca. Então, ela só consegue morder membranas ou peles finas. Notamos que elas não são agressivas, pelo contrário, são dóceis e afeitas a carinhos, quando insistentemente ficam querendo ser alisadas. Conhecemos algumas delas que se tornaram animais de estimação de alguns locais. Os mais medrosos devem prestar atenção porque as serpentes podem ficar horas fora d'água e adoram ficar em cima das pedras pegando sol.

Niue é uma escala estratégica no caminho entre Cook e Tonga para evitar os furacões a partir do fim de outubro (no escritório de turismo local é fornecido, diariamente, o mapa do tempo para as próximas 24h). Há diversas marcas bem assustadoras das passagens de outros furacões. Quando estávamos aí, apareceu o primeiro furacão da temporada, que veio bem mais cedo. Portanto, saímos rapidamente de Niue com destino ao Reino de Tonga. Uma das técnicas de cruzeiro, nesta época, é sair logo após a passagem do furacão, pois tudo se acalma, pelo menos uns sete dias. Assim, no dia 13 de outubro de 97, deixamos Niue com a certeza de termos visitado um dos locais menos conhecidos do planeta.


João Sombra

 


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