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             AS  PRINCIPAIS  
			ROTAS  INTERNACIONAIS  NO  CRUZEIRO  A  VELA 
              
			
			
			
			Este texto, que apresentamos nesta 5ª 
			feira, se houve em função dos inúmeros e-mails que recebemos, 
			solicitando-nos  informar e tecer comentários a respeito dos 
			principais roteiros internacionais a serem levados a efeito num 
			cruzeiro a vela pelo mundo. 
			
			
			Tal tema é até objeto de um livro que 
			estamos a escrever, mais detalhadamente, sobre o tema, inclusive 
			abordando os aspectos: tempo, físico e meteorológico, waypoints, 
			econômicos e outros, de suma importância para os cruzeiristas 
			internacionais.
			
			
			A fim de tornarmos mais fácil o 
			entendimento, estaremos dividindo os rumos em função dos Oceanos.
			  
			OCEANO ATLÂNTICO 
  
            
			
			
			Iniciemos pelas rotas de saída do 
			Brasil. A primeira delas, e mais conhecida, rumo ao Caribe, subindo 
			o nordeste brasileiro, teremos algumas derivações. Ir até Fortaleza, 
			no Ceará, e de lá direto para Trinidad. Outra alternativa é ainda 
			subir, costeando, até o Amazonas e de lá, pelas Guianas, até 
			Trinidad.
			
			
			Há ainda aqueles que preferem ir mais 
			acima de Trinidad, é uma questão de opção.
			
			
			Ainda no Atlântico Sul, existe a rota 
			para a África do Sul, sua saída pode ser feita, partindo do Rio de 
			Janeiro, com um pit stop na ilha de Santa Helena e demandar, depois, 
			direto para a África do Sul . 
			
			
			No Atlântico Norte, existem diversas 
			rotas, abordamos tão somente as mais conhecidas:
			
			
			1ª – Subindo o litoral americano pela 
			intercostal, mais tranquila.
			
			
			2ª – Subindo pelo litoral costa leste 
			dos Estados Unidos.
			
			
			3ª – Atravessando o Atlântico Norte, 
			rumo Estados Unidos / Europa (Açores ou Continente).
			
			
			3ª – Do continente Europeu, rumo ao 
			Brasil, com pit stops nas  Ilhas Canárias e Cabo Verde, com chegada 
			em Fernando de Noronha. 
			  
			CARIBE     
				
				Ilha de 
				Trinidad / Tobago 
			  
			
			
			No CARIBE, são diversas as rotas. As 
			mais tradicionais, chegar a Trinidad/ Tobago e subir até a 
			Flórida/Miami. Outra também muito usada é subir até as Ilhas Virgens 
			e depois descer até a Venezuela, Ilha de Margarita, ou no continente 
			em Puerto La Cruz.
			
			
			De Puerto La Cruz ou de Margarita fazer 
			as ilhas venezuelanas e rumar para as ABC, Aruba/Bonaire/Curaçao, 
			desde Aruba ou Curaçao demandar para a Colômbia e seguindo seu belo 
			litoral aportar em Cartagena de Las Indias, daí  o sul panamenho, 
			para visitar os índios Kunas e depois no litoral panamenho demandar 
			até a Ciudad Colon e atravessar o Canal do Panamá . 
			
			
			
			Outra opção é seguir o norte caribenho 
			Costa Rica/Cuba e litoral Mexicano até o Panamá e seu Canal. 
			
			  
			OCEANO PACÍFICO     
				
				
				Ilha de Rarotonga - Ilhas Cook  
			
			
			Já no Oceano de Balboa, como também é 
			conhecido o PACIFICO, a saída é da Ciudad Balboa, no Panamá, e no 
			outro lado de seu Canal. Pode–se rumar para as Ilhas Galápagos ou as 
			Ilhas Coco, de lá então para as Ilhas Marquesas, a Ilha de Nuku Hiva, 
			o portal da Polinésia Francesa. 
			
			
			Das Marquesas, normalmente, se aproa 
			para o arquipélago das Tuamotus, depois Tahiti/Moorea/Huahine/Raiatea-Tahaa/Bora 
			Bora. Deste último ponto, diretamente para Rarotonga nas Ilhas Cook. 
			Nas Ilhas Cook, existem diversas opções, as mais conhecidas são os 
			atóis, Palmerston e Swarov. 
			
			
			Desde as Ilhas Cook, o tradicional rumo 
			é Niue e depois ao norte de Tonga em Vavaaú. 
			
			
			No Reino de Tonga, descendo após Vavaaú, 
			Haapai e chegando à Capital em Nuku Alofa, em Tonga Tapu. 
			
			
			
			De Tonga, normalmente, se demanda para a 
			Nova Zelândia, podendo ocorrer um pit stop em Minerva Reef, norte e 
			sul.
			
			
			Da Terra da Longa Nuvem Branca, AOTEAROA, 
			o rumo mais observado é demandar a Fiji, seguindo as ilhas da 
			Melanésia Vanuatu/ Nova Caledônia, ou Ilhas Salomão e seguir para a 
			Austrália costa leste.
			
			
			Na Austrália, subir sua costa do sol, 
			Queensland e a Grande Barreira de Corais, atravessar o Estreito de 
			Torres e demandar a Darwin, o último porto australiano e rumar ao 
			Sudeste Asiático.
			    
			OCEANO ÍNDICO     
			
			
			No 
			Sudeste Asiático, inicia-se a chegada por Kupang na Indonésia, o 
			lado Timor Oeste, ou diretamente para Bali. No entanto, se poderá 
			conhecer através da entrada em Kupang, as ilhas Flores/ Komodo e 
			seus dragões/Sumbawa/Lombok e Bali. 
			
			
			Em 
			Bali, normalmente, se decide, ou rumar pelas Ilhas Java e Sumatra 
			demandando às Mentawais ou, rumando ao norte de Bali, demandar a 
			Kalimanta e seguindo-se Cingapura.
			
			
			
			Desde Cingapura, através do Estreito de Málaca, subindo o litoral da 
			Malásia até à Ilha de Langkawi, de lá demandar a Phuket, na 
			Tailândia.
			
			
			
			Outra Rota muito usada é adentrar ao Golfo da Tailândia, desde 
			Cingapura através do Mar do Sul da China, costeando a Malásia e suas 
			ilhas até a entrada do rio de Bangkok.Desde sua capital, descendo 
			até Pattaya, a cidade do pecado, demandando ao Cambodja/Vietnam/Corea/Taiwan/China/Japão.
			
			
			
			Da 
			Tailândia, Pukhet, fazendo as suas notáveis ilhas, demandar as 
			Nicobar, Golfo de Bengala e atingir ao Sri Lanka em Galle, ao sul.
			
			
			De 
			Galle, duas opções, rumar para as Ilhas Maldíveas ou para a Índia. 
			De qualquer destes objetivos, demandar ao Mar Vermelho.
			
			
			
			Ainda, outra opção é de Bali demandar, via Chagos e Cocos Island, à 
			Africa do Sul, contornando seu cabo e demandar ao Brasil.  
			    
				
				
				
				O GUARDIAN no Canal de Seuz  
			
			
			No
			
			Mar Vermelho, 
			subir sua costa leste. Adentrando ao Golfo de Aden, demandando a 
			Djibouti, após o Estreito de Ba-a-bel Mandab, subindo a costa da 
			Eritreia, Sudão e o Egito até chegar à Cidade Suez, para atravessar 
			seu Canal de Suez. 
			
			
			O 
			Canal de Suez, feito em duas etapas: de Cidade Suez até Ismalia, no 
			grande lago no meio do canal, e ,depois, o outro trecho, até Port 
			Said, já no lado do Mediterrâneo.
			    
			MEDITERRÂNEO 
			  
			  
			
			
			
			O 
			Mediterrâneo, por se tratar de um mar especial, demos seu devido 
			destaque. De Port Said, no Egito, se demanda para Israel, Chipre, 
			Ilhas Gregas e ou Alexandria e Libia.
			
			
			O 
			rumo mais utilizado é aproar para as ilhas Gregas, mais 
			especificamente, Rhodes e depois descer  por Karpatos até Creta, seu 
			litoral sul, sua última cidade Paliohora e de lá para Malta.
			  
			
			
			De 
			Malta, o rumo, normalmente adotado, é até a Sicilia, subindo seu 
			litoral até o Estreito  de  Messina, montando-o, e demandar a 
			Palermo. Deste porto, ruma-se a Sardenha ou ao litoral Italiano. Da 
			Sardenha direto às ilhas Baleares, Maiorca e Minorca e sua 
			Formentera, com a inesquecível Ibiza.
			  
			
			
			
			Normalmente, se direciona à Costa Azul da França através do último 
			porto da Espanha, já que a navegação no Golfo de Leon é bem difícil, 
			face aos efeitos de ventos e mar.
			
			
			
			Das Baleares, se demanda à Costa do Sol espanhola, descendo até o 
			Estreito de Gibraltar  e sua famosa The Rock. A seguir, é o 
			estar e partir do Rio Guardiana em Portugal, o Algarve e contornando 
			seu cabo sul, demandar a Cascais, Lisboa.
			
			
			 
			
			
			
			Estas são as principais rotas, havendo ainda desdobramentos no 
			Atlântico Norte, a partir de Portugal. No Pacífico Sul e Norte com a 
			costa oeste americana. Descendo ao México com sua Ensenada e o Mar 
			de Cortez, demandando até ao Panamá ou rumar para as Ilhas Hawaii. 
			
			  
			
			
			
			Ainda no Pacifico Sul, as Samoas, Kiribati, Cristmas, Marshall e a 
			Micronésia. Oura rota utilizada é ,via Polinésia Francesa Ilha 
			Gambier, aproar para a Ilha da Páscoa, Hapa Nui, ganhar o sudoeste 
			do continente americano até a Patagônia e atravessar o Cabo Horn.
			 
			
			
			No 
			Pacifico Norte, demandando do Japão às Aleutas e de lá ao Alaska, 
			Canadá, e descer a costa oeste americana.  
			
			
			
			Não abordamos aqui os tempos e suas janelas para se navegar nestes 
			rumos. Apenas colocamos as rotas mais observadas pelos cruzeiristas 
			internacionais.
			  
			
			
			
			Aqueles que se interessarem em ter os dados completos, indicamos o 
			livro do Jimmy Cornnell, Routes of the World, onde se 
			encontram detalhadas as rotas e seus waypoints.
			  
			  
                                 
			
			
			
			João Sombra
			
			
			
			Opua, Novembro 2010
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